quem se destina?
Para que um paciente seja submetido ao tratamento cirúrgico da obesidade, levamos em consideração alguns indicadores e um dos principais é o resultado do Índice de Massa Corporal (IMC).
Quando o IMC está entre 35 e 39,9, o paciente deve ter alguma outra doença (comorbidade) associada à obesidade (por exemplo, diabetes tipo II, colesterol alterado, pressão alta, etc.). Quando o resultado do IMC for maior ou igual a 40, o paciente é obeso mórbido e, nesse caso, já tem indicação de tratamento cirúrgico, independentemente de ter ou não outras doenças associadas à obesidade.
Antes de decidir qual tratamento escolher, consulte um médico de sua confiança para ajudar a esclarecer todas as suas dúvidas.
Indicações
O Conselho Federal de Medicina criou uma resolução (CFM Nº1.766/2005 ou 1.942/2010) que regulamenta a indicação e os tipos de cirurgias bariátricas que podem ser utilizadas no Brasil:
- Pacientes com IMC (índice de massa corporal) acima de 40 kg/metro quadrado;
- Pacientes com IMC > 35 kg/m2 e acometidos por doenças potencialmente fatais (agravadas pela obesidade e que melhoram quando tratadas de forma eficaz) como diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial, gordura no sangue e outras;
- Podem ser operados maiores de 18 anos, idosos e jovens entre 16 e 18 anos, mas requerem cuidados especiais, devendo ser bem analisado o risco/benefício: obesidade estabelecida, segundo os critérios acima, com
- tratamento prévio insatisfatório de pelo menos dois anos;
- O paciente não deve fazer uso de drogas ilícitas ou alcoolismo;
- Ausência de psicose ou demência grave ou moderada;
- Compreensão, pelo paciente e família, dos riscos e mudanças de hábitos inerentes a uma cirurgia de grande porte do aparelho digestivo e da necessidade de acompanhamento pós-operatório com equipe multidisciplinar.
Font: RESOLUÇÃO CFM Nº 1.942/2010 (Publicada no D.O.U. de 12 de fevereiro de 2010, Seção I, p. 72)
Contra-indicações
Pacientes com depressão ou psicose não tratada, distúrbio alimentar, uso atual de drogas ou abuso de álcool, doença cardíaca grave, risco anestésico proibitivo, qualquer distúrbio grave de coagulação do sangue (coagulopatia) ou incapacidade de atender às necessidades nutricionais são contra-indicações para a cirurgia bariátrica.
Algumas doenças associadas como diabetes e hipertensão precisam ser controladas primeiro. As mulheres que pretendem ter filhos devem esperar pelo menos dois anos após a cirurgia para engravidar. A gravidez próxima ao procedimento cirúrgico bariátrico é contraindicada.
A presença de hipertensão portal com circulação colateral esofagogástrica deve ser considerada consideravelmente, pois pode ser uma contraindicação, pois pode haver um risco muito alto de sangramento maciço durante a operação.
pré-operatório
As avaliações com a equipe são realizadas dias antes da cirurgia, onde serão repassadas todas as informações necessárias e esclarecimentos de dúvidas do paciente.
O preparo pré-operatório do paciente é fundamental para diminuir os riscos e complicações no ato cirúrgico e no pós-operatório imediato e tardio.
Para o sucesso do procedimento, é importante a atuação integral da equipe multidisciplinar, informando e orientando o paciente no pré-operatório. Muitos desses candidatos à cirurgia bariátrica buscam soluções milagrosas para a obesidade mórbida. Nessa fase, informação e cuidado são primordiais.
É na correta avaliação das comorbidades relevantes no pré-operatório que se obtém o melhor resultado cirúrgico.
pós-operatório
Após a cirurgia de BYPASS, o paciente ficará internado de 02 a 03 dias. Após a internação, o paciente será orientado pelo médico que o operou e pela equipe multidisciplinar a seguir rigorosamente o cronograma estabelecido. Este cronograma contém informações relevantes sobre o repouso, as medicações a serem utilizadas e também sobre a importância do retorno ao médico e à equipe multidisciplinar.
É importante sempre deixar claro para o paciente que o médico que o operou deve fazer um acompanhamento periódico para garantir o sucesso dos resultados a serem obtidos.
