Você já notou um pequeno abaulamento na região entre o umbigo e o tórax, ou sentiu um desconforto nessa área ao fazer esforço físico? Esses sinais podem estar relacionados à hérnia epigástrica, uma condição mais comum do que se imagina.
Embora, na maioria das vezes, não seja grave, é importante entender o que é a hérnia epigástrica, seus sintomas e quando buscar ajuda médica.
Neste artigo, vamos explicar tudo de forma simples e clara, para que você cuide da sua saúde com mais segurança e tranquilidade. Vamos lá?
O que é a hérnia epigástrica
A hérnia epigástrica é uma condição médica relativamente comum, que ocorre quando uma porção de tecido, gordura ou parte de um órgão interno atravessa uma área enfraquecida na parede abdominal, localizada entre o umbigo e o esterno.
Esse enfraquecimento pode ser resultado de fatores genéticos, esforço físico excessivo, obesidade, cirurgias prévias ou aumento da pressão intra-abdominal.
As hérnias epigátricas variam de tamanho e podem ser pequenas ou grandes, dependendo da extensão do tecido que protrai. Elas podem ser assintomáticas ou causar desconforto.
Esse tipo de hérnia é menos conhecido do que a hérnia inguinal ou umbilical, mas pode causar desconforto significativo e, em alguns casos, necessitar de intervenção cirúrgica.
Causas da hérnia epigástrica
As causas da hérnia epigástrica estão frequentemente relacionadas ao enfraquecimento dos músculos da parede abdominal devido a fatores como obesidade, levantamento de peso excessivo, gravidez, tosse crônica ou cirurgias abdominais prévias.
Principais sintomas
Os sintomas da hérnia epigástrica podem variar de leves a graves. No mais, nem todas as hérnias epigástricas causam sintomas evidentes, mas os mais comuns incluem:
- Protuberância visível, ou seja, um nódulo ou abaulamento na região acima do umbigo, que pode aumentar de tamanho ao tossir, rir ou fazer esforço.
- Dor ou desconforto abdominal, especialmente durante atividades físicas ou ao realizar movimentos que exigem contração muscular.
- Sensação de queimação ou pressão no local da hérnia.
- Náuseas e vômitos em casos mais graves, quando o conteúdo da hérnia é comprimido ou estrangulado.
Riscos e complicações
Embora muitas hérnias epigástricas sejam pequenas e não causem problemas graves, é importante estar atento a sinais de complicações, como:
- Estrangulamento: quando o fluxo sanguíneo do tecido aprisionado na hérnia é interrompido, o que pode levar à necrose.
- Obstrução intestinal: caso parte do intestino fique presa na hérnia, pode haver bloqueio, causando dor intensa, vômitos e necessidade de cirurgia de emergência.
Diagnóstico da hérnia epigástrica
O diagnóstico de uma hérnia epigástrica é realizado por meio de exame físico e, em alguns casos, exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada, para avaliar a gravidade e o conteúdo da hérnia.
Tratamento
O tratamento definitivo é cirúrgico, já que a hérnia não desaparece sozinha.
Durante a cirurgia, o médico reposiciona o tecido herniado e reforça a área enfraquecida com pontos ou com o uso de uma tela sintética, para evitar recidivas.
Existem dois tipos principais de abordagem. Cada método possui características específicas e a escolha é feita de acordo com o perfil e as necessidades do paciente.
1. Cirurgia aberta
A cirurgia aberta é a técnica tradicionalmente empregada no tratamento de hérnias epigástricas. Nessa abordagem, o cirurgião realiza uma incisão diretamente sobre o local da hérnia, permitindo acesso direto à área afetada.
O procedimento consiste em recolocar o tecido herniado na cavidade abdominal e reparar o defeito na parede abdominal.
Para reforçar a área enfraquecida e minimizar o risco de recorrência, é comum a utilização de uma malha ou tela sintética, que serve como um suporte adicional para a parede abdominal.
Embora envolva uma incisão maior, a cirurgia aberta continua sendo uma opção segura e eficaz para muitos pacientes, especialmente em casos de hérnias maiores ou mais complexas.
2. Laparoscopia e cirurgia robótica
As técnicas laparoscópica e robótica são opções modernas e minimamente invasivas, caracterizadas por pequenas incisões e o uso de uma câmera para guiar o cirurgião. Durante o procedimento, instrumentos cirúrgicos especiais são inseridos por essas incisões para reparar a hérnia.
Uma diferença importante em relação à cirurgia aberta é que, nessas técnicas, o reparo é realizado de dentro para fora, ou seja, a parede abdominal é fortalecida por trás do defeito. E, assim como na abordagem aberta, usa-se uma malha ou tela para garantir um reforço duradouro.
Essas técnicas oferecem vantagens significativas que vão além da estética, como:
- Menor dor no pós-operatório.
- Menor risco de complicações.
- Ausência de drenos.
Benefícios da cirurgia para hérnia epigástrica
Independente da técnica escolhida, a cirurgia de hérnia epigástrica traz benefícios significativos para os pacientes, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os riscos associados à condição.
- Pacientes relatam alívio da dor e desconforto logo após o procedimento. Esse benefício permite que, após o período de recuperação, retornem às atividades diárias sem as limitações causadas pela hérnia.
- A intervenção cirúrgica elimina o risco de complicações sérias, como o estrangulamento da hérnia, que pode comprometer o fluxo sanguíneo do tecido herniado e causar emergências médicas.
- Particularmente com técnicas laparoscópicas ou robóticas, os pacientes experimentam uma recuperação acelerada, com menos dor, menores taxas de complicações e cicatrizes discretas, em comparação com a cirurgia aberta.
- O uso de tecnologias avançadas e o reforço com tela sintética contribuem para diminuir significativamente o risco de a hérnia retornar, garantindo uma solução de longo prazo para o problema.
