Diabetes tipo 2 e obesidade estão intimamente relacionados.
A obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença, uma vez que o excesso de gordura corporal, especialmente na região abdominal, pode levar à resistência à insulina. Isso significa que o corpo não usa a insulina de maneira eficaz, resultando em níveis elevados de glicose no sangue.
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O diabetes tipo 2
Diabetes tipo 2 é uma condição crônica que afeta a maneira como o corpo metaboliza a glicose, fonte essencial de energia.
Diferente do tipo 1, onde o corpo não produz insulina, no tipo 2 o corpo não usa a insulina adequadamente, um fenômeno conhecido como resistência à insulina.
Esse tipo de diabetes é mais comum em adultos, mas também pode ocorrer em jovens e crianças, especialmente em contextos de aumento da obesidade infantil.
Causas
Além do excesso de peso, vários fatores contribuem para o desenvolvimento do diabetes tipo 2:
- Histórico familiar da doença.
- Falta de atividade física.
- Dieta rica em calorias, gorduras saturadas, açúcares e carboidratos refinados.
- Idade acima de 45 anos.
- Mulheres que tiveram diabetes gestacional.
- Síndrome metabólica, que nada mais é do que a combinação de pressão alta, altos níveis de glicose no sangue, excesso de gordura corporal ao redor da cintura e níveis anormais de colesterol ou triglicerídeos.
Sintomas
Os sintomas do diabetes tipo 2 podem se desenvolver lentamente e podem incluir:
- Aumento da sede e fome.
- Urinar com frequência (poliúria).
- Fadiga constante.
- Visão embaçada.
- Cicatrização lenta de feridas.
- Formigamento ou dormência nas mãos e pés.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que medem os níveis de glicose. Esses exames podem incluir:
- Glicemia de jejum: mede o nível de glicose após um jejum de pelo menos 8 horas.
- Teste de tolerância à glicose oral (TTGO): mede a glicose no sangue após jejum e novamente após beber uma solução açucarada.
- Hemoglobina glicada (A1C): mede a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos 2 a 3 meses.
Relação entre obesidade e diabetes tipo 2
Como já mencionado, a obesidade contribui para a resistência à insulina, forçando o pâncreas a produzir mais insulina para manter os níveis de glicose sob controle. Com o tempo, o pâncreas pode não conseguir acompanhar essa demanda, levando ao diabetes tipo 2.
No mais, o excesso de gordura corporal, particularmente a gordura visceral, pode causar inflamação crônica, que também contribui para a resistência à insulina.
Complicações do diabetes tipo 2
Se não for controlada, essa condição pode levar a várias complicações graves, incluindo:
- Aumento do risco de ataque cardíaco, derrame e aterosclerose.
- Dor, formigamento e perda de sensibilidade, especialmente nos pés.
- Insuficiência renal.
- Dano ocular.
- Feridas que não cicatrizam podem levar à amputação.
- Problemas de pele, como infecções bacterianas e fúngicas.
Tratamentos
O tratamento envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicações.
- As principais abordagens incluem:
- Mudanças na dieta.
- Controle do peso.
- Prática de atividade física.
- Monitoramento da glicose.
- Medicamentos orais, insulina e outros injetáveis para controlar o açúcar no sangue.
No caso de obesidade severa, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção para auxiliar no controle do peso e do diabetes tipo 2, muitas vezes levando à remissão da doença.
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