Essa opção deve considerar o significado da alimentação e da obesidade para o paciente, procurar conhecer os fatores relacionados à decisão pela cirurgia e as expectativas em relação ao pós operatório. [3]
Assim, a proposta da cirurgia bariátrica no combate à obesidade tem se ancorado em um tratamento da obesidade com uma equipe multidisciplinar que tenta modificar o estilo de vida. Particularmente, é indicada uma reeducação alimentar de maneira gradual, atividades físicas regulares e acompanhamento psicológico [1]
Questões alimentares, equilíbrio afetivo, saúde mental, autoestima e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar são algumas terminologias que passam a fazer parte da vida da pessoa obesa, antes, durante e depois do processo cirúrgico [1]
3. CUIDADOS NO PRÉ-OPERATÓRIO
Em fase pré-operatória é necessária uma consulta nutricional do paciente que inclua anamnese alimentar detalhada (quantidade, qualidade, paladar, apetite, nível de saciedade, intolerâncias, alergias alimentares, consumo de bebidas alcóolicas ou drogas, hábito intestinal,mastigação e preparo de alimentos). Também se exigem exames laboratoriais e exames de imagem. Avaliação cardiológica, endoscopia digestiva para Helicobacter pylori e avaliação da função respiratória, parecer de um endocrinologista, psiquiatra e/ou psicólogo e fisioterapeuta. A partir daí, realizam-se reuniões multidisciplinares prévias a cirurgia. Se o paciente apresentar qualquer patologia esta deverá ser tratada antes da realização do procedimento cirúrgico, e este somente será realizado com uma condição clínica perfeita [2]
A obesidade compromete sensivelmente a qualidade de vida e traz predisposição para muitas outras doenças não contagiosas, principalmente para a saúde mental do indivíduo. Multifatorialidade que envolve a obesidade e consequentemente o paciente bariátrico como o indivíduo que carece de acompanhamento psicológico permanentemente, sobretudo, porque tal cirurgia requer uma mudança de hábito não do paciente, mas de boa parte do grupo social no qual está inserido [1]
Questões alimentares, equilíbrio afetivo, saúde mental, autoestima e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar são algumas terminologias que passam a fazer parte da vida da pessoa obesa, antes, durante e depois do processo cirúrgico [1]
Cirurgia bariátrica, a sua recomendação obedece a pré-requisitos constantes em um parâmetro que coloca indicações bastante delineadas acerca de tornar o paciente apto ou não para tal procedimento. Um desses parâmetros é o acompanhamento da equipe multidisciplinar, bem como da presença da família, além da força de vontade do próprio paciente. O Instituto Nacional em Saúde dos Estados Unidos passou
a encorajar abordagem multidisciplinar do candidato no período pré-operatório, incluindo a avaliação psicológica anterior à operação, como parte essencial do processo, enquanto que o Consenso Bariátrico Brasileiro e o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomendaram essa prática não sem antes consolidar a necessidade de um psicólogo ou psiquiatra na equipe multidisciplinar. [1]
A partir do que preconiza o Conselho Federal de Medicina, o profissional que vai a priori tratar da saúde mental, aqui compreendido como o psicólogo e/ou o psiquiatra, vai compor uma equipe que tem a responsabilidade de lançar um olhar holístico sobre o paciente, levando em consideração o seu histórico de saúde e se responsabilizando pela avaliação multidisciplinar pré-operatória, atentando para dentre outras coisas: a prática ou não do de uso de substâncias; a presença de quadros psicóticos ou demenciais; o nível intelectual e cognitivo que permitam ao paciente ter consciência dos riscos, êxitos e cuidados pertinentes ao processo cirúrgico, aqui incluídos os cuidados pré-operatórios, bem como aqueles posteriores que representam um prazo na vida do paciente e dos seus familiares [1]
Os fatores biopsicossociais são determinantes para que o paciente obtenha sucesso nesse processo, tanto no que diz respeito ao acompanhamento que transforma o paciente um candidato apto, bem como um bariátrico que vai se somar aos casos de sucesso no combate à obesidade. [1]
4. CUIDADOS PÓS-BARIATRICA
O acompanhamento nutricional e controle de estilo de vida, é fundamental como suporte para facilitar a transição para uma vida saudável após a cirurgia bariátrica e pode auxiliar a prevenir o retorno ao aumento de peso. O paciente deverá aprender a comer pouco e bem, várias vezes ao dia, e optar por alimentos pouco calóricos e com alto teor vitamínico, abandonando hábitos nocivos.[6]
A reeducação alimentar ajudará não só a perder peso, mas também a mantê-lo em patamares adequados por toda a vida. O paciente não está proibido de consumir doces, refrigerantes ou outras guloseimas de vez em quando, porém esses alimentos não devem fazer parte de sua rotina e a quantidade deve ser controlada.[6]
A ação do endocrinologista nos casos de reganho de peso. O controle da fome e o gasto energético estão intimamente ligados ao controle de peso e a homeotase energética se dá por aferências de diversas origens neuro-hormonais, advindas de vários órgãos. [5]
Reposição de vitamina D. A perda de vitamina D ocorre porque o organismo após a cirurgia bariátrica, não consegue mais absorver a mesma quantia de vitamina. Deficiências nutricionais ocorrem como resultado da má alimentação, absorção ou utilização diminuídas, ou ainda, da necessidade aumentada ou excreção aumentada [2]
Acompanhamento psicológico. É necessária a atuação do papel do psicólogo para que seja feita uma avaliação psicológica mais aprofundada, investigando o paciente e educando-o para as mudanças implicadas por meio da cirurgia. [5]
A ansiedade na vida do paciente obeso é fundada, principalmente porque, além das sensíveis mudanças físicas e psicológicas obtidas com a cirurgia, em novas circunstâncias, os pacientes também precisam ser reconhecidos pela sociedade, para que desejem estar em um novo corpo para sua própria identidade. [1]
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O exercício físico é aliado na contribuição da redução da gordura corporal e no tratamento de doenças associadas à obesidade, tornando-se assim peça fundamental no programa de tratamento. Realizado de forma estruturada, organizada e com frequência, aumenta o gasto energético diário, melhora a produção pelas vias aeróbias e oxidação de gorduras. Além disso, o exercício físico promove melhora cardiorrespiratória e funcional nos indivíduos submetidos ao programa de treinamento. [4]