Você está sofrendo com a obesidade? Pois saiba que a cirurgia bariátrica pode ser a solução para você.
Ela é recomendada para pessoas que sofrem de obesidade mórbida, ou seja, aquelas com um índice de massa corporal (IMC) superior a 40 ou superior a 35 com condições médicas relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e apneia do sono.
O objetivo dessa cirurgia é promover a perda de peso significativa e sustentável, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os riscos associados à obesidade.
O que é a cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica é uma intervenção médica voltada para o tratamento da obesidade e de condições associadas, como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono.
Esse procedimento é indicado para pacientes que não conseguiram perder peso por meio de métodos convencionais e que apresentam riscos à saúde devido ao excesso de peso.
Existem diferentes tipos de cirurgia bariátrica, cada uma com suas particularidades, benefícios e riscos. Além disso, cuidados pré e pós-cirúrgicos são fundamentais para garantir o sucesso do tratamento e a saúde do paciente.
Indicações para a bariátrica
A indicação cirúrgica deve ser baseada na análise de quatro critérios, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
1. Índice de massa corpórea (IMC)
- IMC acima de 40 kg/m², independentemente da presença de comorbidades.
- IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.
- IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.
É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista.
2. Idade
- Abaixo de 16 anos: exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por 2 cirurgiões bariátricos titulares da SBCBM e pela equipe multidisciplinar. A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.
- Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.
- Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade.
- Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento.
3. Tempo da doença
Apresentar IMC estável há pelo menos 2 anos e comorbidades em faixa de risco, além de ter realizado tratamentos convencionais prévios.
Além disso, ter tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados colhidos do histórico clínico do paciente.
4. Doenças associadas
Gordura no fígado
O excesso de gordura abdominal também favorece o acúmulo de células gordurosas no fígado.
Esse problema, chamado tecnicamente de “esteatose hepática”, nem sempre causa sintomas, mas, quando não controlado, pode deixar sequelas graves, como cirrose não alcoólica e câncer de fígado.
Saiba mais aqui: Gordura no fígado.
Diabetes tipo 2
A obesidade é um dos principais fatores de risco para o surgimento da diabetes tipo 2.
Afinal, a alimentação desregrada e o sedentarismo são fatores em comuns entre as duas doenças, levando tanto ao ganho de peso quanto à resistência à insulina.
Para saber mais, leia Diabetes tipo 2.
Hipertensão arterial (pressão alta)
A hipertensão arterial é caracterizada pela força excessiva do fluxo do sangue nas artérias.
A obesidade é um fator para que esse problema apareça, pois as alterações hormonais e quadros inflamatórios impactam no bombeamento sanguíneo pelo coração.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira Hipertensão arterial.
Hérnia de disco
O excesso de peso da obesidade pressiona as vértebras da coluna e faz com que a cartilagem entre elas se descole do lugar natural. Assim, temos a situação de hérnia de disco.
Leia também Hérnia de disco.
Doença do refluxo gastroesofágico
O refluxo gastroesofágico impacta a válvula que separa o estômago do esôfago, fazendo com que o conteúdo estomacal volte pela garganta.
Com o excesso de peso, essa válvula tem a pressão diminuída e pode não separar corretamente os dois órgãos mencionados.
Quer saber mais? Veja Doença do refluxo gastroesofágico.
Estigmatização social e depressão
Infelizmente, a obesidade é motivo de preconceito perante a sociedade. Por esses motivos, os pacientes sofrem com transtornos psíquicos, como depressão e ansiedade.
Sobre o assunto, confira Estigmatização social e depressão.
Contraindicações da cirurgia bariátrica
Certas condições médicas podem contraindicar a cirurgia bariátrica. Por isso, uma avaliação médica completa é essencial para garantir que o paciente esteja apto para a cirurgia.
Cada caso deve ser avaliado individualmente por uma equipe médica especializada para garantir a segurança e a eficácia do procedimento, sempre considerando as particularidades e necessidades de cada paciente.
Entre as principais contraindicações para a cirurgia bariátrica podemos citar:
Idade
A cirurgia não é recomendada para pacientes menores de 16 anos, pois seus corpos estão em desenvolvimento. O ideal é buscar outras formas de tratamento ou esperar pela maturação óssea e sexual completa antes de considerar a cirurgia bariátrica.
Por outro lado, pacientes acima de 65 anos devem passar por uma avaliação individual por uma equipe multidisciplinar, considerando o risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e os benefícios do emagrecimento.
Doenças genéticas
Certas doenças genéticas podem interferir na realização do procedimento. Por isso, é necessário realizar uma avaliação pré-operatória completa para diagnosticar essas patologias e analisar seus riscos.
Transtornos psiquiátricos não controlados
Pacientes com transtornos psiquiátricos não controlados precisam passar por uma avaliação psicológica para determinar se são capazes de se adaptar às mudanças após a cirurgia.
Dependência de álcool ou drogas ilícitas
O vício em bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas é uma forte contraindicação para a cirurgia.
No entanto, pacientes que estão sob controle e em tratamento para essas dependências podem ser considerados para a cirurgia bariátrica.
Falta de suporte familiar
A ausência de um suporte familiar estruturado é uma contraindicação significativa, pois o apoio e a motivação da família são essenciais para o sucesso do tratamento a longo prazo.
Doenças cardíacas ou pulmonares graves
Pacientes com doenças cardíacas ou pulmonares graves, que apresentam alto risco anestésico, podem ser contraindicações para a cirurgia.
Cuidados pré-cirúrgicos
Antes de se submeter à cirurgia bariátrica, é essencial passar por uma avaliação completa. Isso inclui exames laboratoriais, avaliação nutricional, psicológica e acompanhamento com um endocrinologista.
Algumas orientações comuns incluem:
- Dieta: a redução de pode ser necessária para diminuir o tamanho do fígado e facilitar a cirurgia.
- Exercícios físicos: iniciar uma rotina de atividades físicas, conforme orientação médica, para melhorar a condição cardiovascular.
- Acompanhamento psicológico: avaliar a saúde mental e preparar o paciente para as mudanças de estilo de vida pós-cirurgia.
- Interromper o uso de álcool e tabaco: parar de fumar e reduzir o consumo de álcool, pois esses hábitos podem aumentar os riscos cirúrgicos e complicações.
Cuidados pós-cirúrgicos
O pós-operatório é uma fase crucial para o sucesso da cirurgia bariátrica e requer uma mudança significativa nos hábitos de vida.
Alguns cuidados incluem:
- Dieta gradual: inicialmente, o paciente deve seguir uma dieta líquida, progredindo para alimentos pastosos e, eventualmente, sólidos. É essencial mastigar bem os alimentos e comer devagar.
- Hidratação: manter-se hidratado é fundamental, mas deve-se evitar beber líquidos durante as refeições para não distender o estômago.
- Suplementação nutricional: como a absorção de nutrientes é reduzida, o uso de suplementos vitamínicos e minerais é necessário para evitar deficiências.
- Exercícios físicos: a prática regular de atividades físicas é recomendada para auxiliar na perda de peso e manutenção dos resultados.
- Acompanhamento médico regular: consultas periódicas com a equipe médica, incluindo nutricionista, psicólogo e cirurgião, são essenciais para monitorar a perda de peso e a saúde geral.
A cirurgia bariátrica é uma ferramenta eficaz no combate à obesidade, mas requer compromisso e disciplina. Com os cuidados adequados e a adesão a um estilo de vida saudável, é possível alcançar uma melhora significativa na qualidade de vida e na saúde geral.
Quais são os tipos de cirurgia bariátrica?
1. Cirurgia Revisional Sleeve Bypass
Este modelo de revisional é uma das possibilidades para pacientes que voltaram a ganhar peso após a bariátrica.
2. Cirurgia Bariátrica Sleeve
É um modelo de cirurgia que segue conceitos bariátricos e metabólicos.
3. Cirurgia Técnica de Bypass Gástrico em Y roux
É um tipo de cirurgia bariátrica mista.
4. Cirurgia de Scopinaro
É um dos tipos de cirurgia bariátrica também chamada de derivação bilio pancreática.
5. Cirurgia Biliopancreática
6. Cirurgia Duodenal Switch
É mais um tipo de derivação Bilio Pancreática.
7. Cirurgia Banda Gástrica
8. Cirurgia Revisional De Trânsito Intestinal
Para pacientes que estão apresentando alterações na absorção e/ou maior frequência intestinal.
9. Cirurgia reversão da bariátrica
Para pacientes que necessitam de reversão da cirurgia bariátrica.
10. Cirurgia Colocação do Balão Gástrico
Por meio de um procedimento endoscópico, é possível inserir um balão gástrico no estômago, o que irá diminuir a porção do órgão capaz de acomodar os alimentos.
11. Cirurgia Revisional Sleeve Duodenal Switch
Para pacientes que voltaram a ganhar peso após a cirurgia bariátrica.
Obesidade
A obesidade é uma condição em que o acúmulo excessivo de gordura corporal compromete a saúde, aumentando o risco de doenças graves como diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas e certos tipos de câncer. É um problema de saúde global que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Causas da obesidade
A obesidade é geralmente o resultado de um desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto energético. As principais causas incluem:
- Consumo excessivo de alimentos ricos em calorias, gorduras e açúcares, combinado com baixo consumo de frutas, legumes e fibras.
- Falta de atividade física regular contribui para o acúmulo de peso.
- Predisposição genética pode influenciar o metabolismo e como o corpo armazena gordura.
- Estresse, ansiedade e depressão podem levar ao excesso de alimentação como forma de conforto.
- Condições, como hipotireoidismo, e certos medicamentos podem contribuir para o ganho de peso.
Riscos à saúde
A obesidade está associada a uma série de complicações de saúde, incluindo:
- Diabetes tipo 2.
- Doenças cardiovasculares.
- Problemas nas articulações.
- Apneia do sono.
- Problemas de saúde mental.
Prevenção e tratamento
A prevenção da obesidade envolve mudanças no estilo de vida, incluindo:
- Priorizar uma dieta balanceada, rica em frutas, legumes, proteínas magras e grãos integrais, e limitar o consumo de alimentos processados e açucarados.
- Exercícios regulares, como caminhar, correr ou nadar, ajudam a queimar calorias e melhorar a saúde geral.
- Identificar e modificar hábitos alimentares não saudáveis, como comer por impulso ou consumir grandes porções.
- Nutricionistas, psicólogos e médicos podem ajudar a desenvolver um plano de ação personalizado para perder peso de forma saudável.
A cirurgia bariátrica é um tratamento eficaz para casos graves de obesidade, especialmente quando outras tentativas de perda de peso, como dieta e exercício, não foram bem-sucedidas.
O Índice de Massa Corporal (IMC)
O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar se uma pessoa está em uma faixa de peso saudável.
Criado pelo matemático belga Adolphe Quetelet no século XIX, o IMC é uma ferramenta simples, mas poderosa, que ajuda a identificar possíveis problemas de saúde associados ao peso.
O IMC é calculado dividindo o peso de uma pessoa em quilogramas pela altura em metros ao quadrado (kg/m²).
Os resultados são classificados em categorias que ajudam a determinar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, sobrepeso ou obesa:
- IMC abaixo de 18,5: Abaixo do peso
- IMC entre 18,5 e 24,9: Peso normal
- IMC entre 25 e 29,9: Sobrepeso
- IMC acima de 30: Obesidade
Na obesidade, há ainda subcategorias:
- Obesidade Grau I (IMC 30-34,9)
- Obesidade Grau II (IMC 35-39,9)
- Obesidade Grau III (IMC 40 ou mais), também chamada de obesidade mórbida.
Limitações
Embora o IMC seja uma ferramenta útil para avaliar o peso corporal em populações, ele possui algumas limitações:
- Composição corporal: o IMC não diferencia massa muscular de gordura. Atletas com alta massa muscular podem ter um IMC elevado sem serem obesos.
- Distribuição de gordura: o IMC não considera onde a gordura está localizada no corpo. A gordura abdominal, por exemplo, é mais perigosa para a saúde do que a gordura localizada em outras áreas.
- Idade e gênero: as variações na composição corporal ao longo do tempo, como perda de massa muscular em idosos, não são consideradas pelo IMC.
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