Se você não sabe se é possível ou não realizar a cirurgia bariátrica para obesidade grau 1, este artigo é para você!
Neste nosso novo conteúdo, abordaremos a obesidade grau 1, suas implicações na saúde e se a cirurgia bariátrica pode ser uma opção viável para o tratamento dessa condição.
O que é a obesidade grau 1?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Trata-se de uma doença crônica e complexa que afeta milhões de pessoas. Classificada segundo o Índice de Massa Corporal (IMC), essa condição pode trazer diversos riscos à saúde, independentemente do grau de severidade.
A obesidade grau 1 ocorre quando o IMC está entre 30 e 34,9. Embora seja considerada a forma menos grave da doença, ainda assim pode estar associada a diversas complicações de saúde, como:
- Hipertensão arterial.
- Diabetes tipo 2.
- Doenças cardiovasculares.
- Problemas respiratórios, como apneia do sono.
- Maior risco de desenvolver certos tipos de câncer.
- Impacto na saúde mental, como depressão e ansiedade.
Fatores genéticos também desempenham um papel crucial no desenvolvimento da obesidade. Se ambos os pais têm obesidade, a chance de o filho também desenvolver a condição ultrapassa 90%, reforçando a importância da prevenção e do tratamento precoce.
Quer saber mais sobre obesidade? Leia nosso artigo Obesidade infantil: causas, riscos e prevenção.
A cirurgia bariátrica e obesidade grau 1?
A cirurgia bariátrica é uma intervenção médica voltada para o tratamento da obesidade.
Existem diferentes tipos de cirurgia bariátrica, cada uma com suas particularidades, benefícios e riscos. Além disso, cuidados pré e pós-cirúrgicos são fundamentais para garantir o sucesso do tratamento e a saúde do paciente.
Geralmente, ela é recomendada para casos de IMC acima de 40 ou para pessoas com IMC acima de 35 que apresentam comorbidades relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono.
Dessa forma, para indivíduos com obesidade grau 1, a cirurgia bariátrica não é a primeira linha de tratamento. No entanto, pode ser considerada em situações específicas, especialmente quando o paciente apresenta comorbidades graves que não respondem a outras formas de tratamento, como medicamentos e mudanças no estilo de vida.
Em 2022, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ampliou as diretrizes para a indicação da cirurgia bariátrica, incluindo casos em que pacientes com IMC entre 30 e 34,9 tenham diabetes tipo 2 de difícil controle.
Leia também nosso conteúdo Desmistificando a cirurgia bariátrica.
Tratamentos alternativos para obesidade grau 1
Apesar de a cirurgia não ser a primeira escolha para obesidade grau 1, ela deve estar entre as opções consideradas quando outras abordagens falham.
Assim, antes de considerar a cirurgia bariátrica, é fundamental explorar outras opções de tratamento menos invasivas.
As abordagens incluem:
1. Reeducação alimentar
Seguir uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e adaptada às necessidades do paciente.
Leia também Vitaminas após cirurgia bariátrica: garantindo uma recuperação saudável.
2. Exercícios físicos regulares
Praticar atividades como caminhada, musculação e esportes ajuda a controlar o peso e melhora a saúde geral.
Escolha aquelas atividades que melhor se encaixam na sua rotina, estilo de vida e gosto pessoal para não perder o foco ou desanimar.
E por falar em atividade física, vale a pena conferir Por que você deve fazer exercícios após cirurgia bariátrica?
3. Uso de medicamentos
Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos para auxiliar na perda de peso.
Quando o assunto é medicamentos para obesidade, vale conferir nosso artigo Ozempic para tratamento da obesidade: como funciona e quando é indicado.
4. Acompanhamento multidisciplinar
Consultar profissionais como nutricionistas, psicólogos e educadores físicos pode ser essencial para um tratamento eficaz.
Aproveite e leia também Dicas para manter e ganhar massa muscular após cirurgia bariátrica.
A importância do acompanhamento médico
O acompanhamento com um especialista é essencial para monitorar a evolução do paciente, identificar fatores de risco e avaliar a necessidade de tratamentos complementares. Um médico experiente pode orientar sobre a melhor abordagem, seja com mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos ou, em último caso, a cirurgia bariátrica.
No mais, é importante destacar que a cirurgia bariátrica é uma grande mudança de vida. Então, o paciente precisa estar bem psicologicamente para enfrentar os desafios do pós-cirúrgico e a nova imagem que verá no espelho, bem como ter expectativas realistas sobre os resultados da cirurgia. E isso tudo só é possível com o acompanhamento psicológico.
Ignorar as orientações médicas após a cirurgia bariátrica pode levar a complicações, falta de perda de peso ou até ganho de peso, além de deficiências nutricionais.
Muitos pacientes com obesidade podem ter comportamentos alimentares desordenados, como compulsão alimentar, que precisam ser identificados e tratados antes da cirurgia. E o psicólogo ajuda a reconhecer esses padrões e a desenvolver estratégias saudáveis para lidar com eles.
Confira também nosso artigo O que é dumping e sua relação com a cirurgia bariátrica: entenda de uma vez por todas.
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